O Amanhã do Rio: Cariocas elegem prioridades para o futuro da cidade
Por Davi Bonela e Ruy Cotia*
O futuro do Rio é o tema da nova pesquisa do Museu do Amanhã. Realizado no mês de outubro, o estudo perguntou à população carioca quais devem ser as prioridades e as propostas para que o Amanhã que desejam para a cidade e os bairros onde vivem seja alcançado.
“Entre os nossos mais de 4 milhões de visitantes, ao menos um milhão mora na cidade do Rio. É importante então que um espaço dedicado a mostrar possibilidades de futuro estimule a população a pensar sobre a cidade, de forma a criarmos uma agenda propositiva para o Amanhã do Rio que tenha a contribuição dos seus moradores”, explica Ricardo Piquet, diretor-presidente do IDG (Instituto de Desenvolvimento e Gestão), instituição gestora do Museu do Amanhã. “Apresentando os anseios da população, a pesquisa também é uma fonte de inspiração para o debate público neste momento de eleições”, completou Piquet.
Educação, saúde, segurança e trabalho devem ser as prioridades para o futuro do Rio, segundo cariocas
Na opinião dos cariocas, a educação, a saúde, a segurança e o trabalho devem ser as principais prioridades para o futuro do Rio, respectivamente com 62%, 37% e os dois últimos com 29%. Em seguida, água e saneamento teve 27% da adesão dos cariocas e transportes públicos e mobilidade urbana, 26%.
Cariocas escolheram três entre quinze prioridades inspiradas no Plano Diretor da Cidade
A educação é a principal prioridade para os cariocas de uma forma geral e também quando os resultados são analisados entre as diferentes regiões da cidade — zona norte, zona sul, centro e zona oeste.
De construção de creches, escolas e hospitais ao aumento de postos de trabalho, cariocas apresentam suas propostas para o futuro da cidade
Após escolherem as prioridades para o futuro do Rio, os cariocas ofereceram propostas para colocá-las em prática. Para educação, as propostas mais sugeridas são a construção de escolas e creches, o aumento de salário dos profissionais de educação, a melhoria da infraestrutura de ensino, a qualificação dos profissionais de educação e o aumento da carga horária nas escolas.
Já na área da saúde, as ações incluem a construção de hospitais e postos de saúde, a melhoria da infraestrutura dos hospitais existentes, o aumento na oferta de atendimentos, a qualificação dos profissionais de saúde e o investimento em saúde preventiva.
Para segurança urbana, os cariocas propõem o aumento do policiamento nas ruas da cidade, combate à corrupção em todas as instituições, combate ao crime organizado e o aumento de salários para os profissionais de segurança pública.
E para trabalho e renda as propostas mais sugeridas foram criação de novos postos de trabalho, de projetos de distribuição de renda, de projetos de qualificação profissional e o aumento de oportunidades para que ainda não tem experiência profissional.
“O Museu do Amanhã aborda possibilidades de futuro por meio de exposições, projetos e uma ampla programação. Pesquisas como esta levam nossas iniciativas para além dos visitantes do museu, estimulando toda a população a pensar sobre o Amanhã que queremos para a cidade e os caminhos que podemos percorrer em direção a ele”, explica Alfredo Tolmasquim, diretor de Desenvolvimento Científico e Educação do Museu do Amanhã.
O Amanhã do Rio
Realizada no mês de outubro de 2020, O Amanhã do Rio é uma pesquisa conduzida pela coordenação de pesquisa do IDG | Museu do Amanhã com o objetivo de analisar a visão de futuro dos cariocas em relação à cidade e aos bairros onde vivem, identificando seus desejos, prioridades e propostas para que o futuro desejado por eles seja alcançado, estimulando uma agenda positiva para o Rio de Janeiro. A pesquisa, de natureza qualitativa e quantitativa, é composta por 28 perguntas, abertas e fechadas, e o recrutamento dos participantes foi feito via e-mail e redes sociais. As respostas foram coletadas e armazenadas por meio do software Typeform.
Para representar a percepção dos cariocas, esta pesquisa buscou um público que reproduz a divisão da população nas regiões de planejamento do Rio de Janeiro: 45% de moradores da Zona Norte, 40% moradores da Zona Oeste, 10% moradores da Zona Sul e 5% moradores do Centro, segundo os dados demográficos do IBGE. Com cerca de 400 participantes, a amostra representativa dos cariocas nesta pesquisa foi construída com 220 pessoas, o que, por meio de probabilidade proporcional ao tamanho, garante margem de erro de 6.6%, a um nível de confiança de 95%. Além da região de moradia, o perfil da amostra também é representativo do morador do Rio com relação ao sexo, idade, cor, rendimento e escolaridade, sendo que para esta última foi realizada uma ponderação para correção no tamanho dos estratos sub-representados (estratos cuja diferença entre amostra e população foi maior que 3%).
Confira a pesquisa na íntegra aqui.
Veja a versão resumida com os destaques (em breve).
Por Davi Bonela, coordenador de Pesquisa, e Ruy Cotia, analista de Pesquisa de Públicos do Museu do Amanhã | IDG - Instituto de Desenvolvimento e Gestão, autores da pesquisa