O Rio de Janeiro acaba de ganhar um novo espaço cultural: o Memorial às Vítimas do Holocausto, um projeto idealizado por Gérson Bergher, localizado no Morro do Pasmado, em Botafogo. O novo equipamento reúne  histórias pessoais de vítimas e sobreviventes, ressaltando, ao longo de três áreas, como foram suas vidas antes, durante e depois do maior genocídio do século XX. Na última quarta, 7 de dezembro, o equipamento abriu em soft opening e segue recebendo apenas grupos convidados durante todo o mês de dezembro. A abertura para o público em geral está prevista para janeiro, mês em que acontece o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. 

A partir das histórias de personalidades como Anne Frank, Sigmund Freud, Primo Levi e diversas outras vítimas representantes de minorias perseguidas pelo regime nazista, o Memorial às Vítimas Holocausto tem como objetivo proporcionar aos visitantes uma reflexão e compreensão sobre a importância dos direitos humanos, da democracia, da justiça, da tolerância, da coexistência, da liberdade, do respeito à diversidade e ao pluralismo como valores e princípios éticos fundamentais do ser humano.  

Na entrada da exposição permanente, o público se depara com fotos e frases emblemáticas de personalidades que foram perseguidas pelo nazismo em um painel de LED, somadas à projeção da chama da vida. Uma experiência interativa convida os visitantes a dar as mãos em um semicírculo e aciona uma frase central, criando um senso de empatia e circularidade da vida. Também são relembradas as histórias de outras minorias perseguidas pelo Holocausto, como negros, ciganos, pessoas com deficiência física ou mental, comunidade LGBTQIA+, testemunhas de Jeová, maçons e opositores do regime nazista. Toda a exposição tem teor educativo e prevê a visita de grupos diversos para uma conversa mais ampla sobre direitos humanos. 

O Memorial às Vítimas do Holocausto é uma realização da Associação Cultural Memorial do Holocausto, com apoio institucional da Prefeitura do Rio. O Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) é responsável pela implantação museográfica, concepção curatorial e captação de recursos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.