Esta semana, Robson de Almeida, diretor de projetos do IDG, João Pedro Rodrigues, museólogo, e Carla Zulu, gestora de negócios sociais, receberam a equipe do programa Antena Paulista, da Globo São Paulo, para contar um pouco mais sobre o projeto que vai transformar o Palácio dos Campos Elíseos, na zona central da capital paulista, no Museu das Favelas.

Com inauguração prevista para setembro de 2022, o MUFA abrigará exposições temporárias e de longa duração, além de servir como palco para o protagonismo das favelas brasileiras.

“É um museu que nós queremos construir com as favelas e para as favelas, um lugar onde as pessoas que morem nessas comunidades possam ter um espaço de fruição e discussão de todos esses direitos que não chegam nesses lugares”, explica Robson.

João Pedro Rodrigues, museólogo responsável pelo equipamento, salienta que o MUFA tem como objetivo dar voz ao sujeito periférico e trabalhador que não se encontra representado em outros museus. “Esse museu trata do sujeito favelado, da sua urbanização e de todos os outros processos”, pontua.

Equipe do MUFA realiza trabalho de imersão nas comunidades

A equipe do Museu das Favelas tem realizado um trabalho de imersão nas comunidades de São Paulo para entender com os moradores de que forma pode contribuir. “O museu vai ser um potencializador, sem que a gente interfira de forma alguma no que já é feito [ nas comunidades]”, afirma Carla Zulu.

Entre os projetos sociais visitados até o momento pela equipe estão a Associação Bloco do Beco, Lar Maria e Sininha, COHAB Juscelino entre outros.

"O Museu das Favelas surge para cumprir uma lacuna de visibilidade e reflexão sobre as comunidades periféricas no Brasil, numa perspectiva de fazer junto, interna e externamente, um espaço de referência plural, dinâmico e potente em sinergia com quem vive e pensa as favelas no País. Queremos criar lugares de fala para histórias antes não prestigiadas por espaços públicos de memória", comenta Ricardo Piquet, Diretor e Presidente do IDG.