IDG e Museu do Amanhã levam "Fruturos - Tempos Amazônicos" em itinerância
Pela primeira vez, uma exposição realizada pelo IDG e pelo Museu do Amanhã vai ser apresentada em outras cidades. Realizada entre 2021 e 2022 no Museu, a exposição “Fruturos - Tempos Amazônicos”, apresentada pelo Instituto Cultural Vale, faz sua primeira parada no Centro Cultural Vale Maranhão, em São Luís, no dia 27 de março. A mostra vai apresentar a grandeza, a biodiversidade e o conhecimento milenar presentes no maior bioma tropical do mundo além de propor novas descobertas sobre a relação entre a floresta e o clima e evidenciar o caráter urgente de sua conservação.
“Estamos muito felizes com nosso primeiro projeto de itinerância, que é uma conquista muito importante para o Museu do Amanhã e reforça o pioneirismo do IDG. A iniciativa
confirma o alcance do Museu, agora de forma geográfica, para além do ambiente virtual. Esse projeto traz ainda um chamado e um importante alerta sobre o que podemos fazer pela preservação de um dos maiores patrimônios mundiais, que precisa de soluções urgentes para sua manutenção”, explica Fabio Scarano, Curador do Museu do Amanhã.
“A exposição Fruturos vai além da floresta e da riqueza de sua biodiversidade, fala também da diversidade cultural daqueles que nela habitam, da sua gente. A Vale conhece bem a região. Está ali há mais de 30 anos, ajudando a proteger uma área de 800 mil hectares de floresta, o Mosaico de Carajás, equivalente a cinco vezes a cidade de São Paulo”, afirma Maria Luiza Paiva, vice-presidente-executiva de Sustentabilidade da Vale.
“Apresentamos este percurso pelo tempo, nos ‘Fruturos Amazônicos’, que nos aproxima das vivências de milênios, séculos e décadas na maior floresta tropical do mundo. A exposição, que chega a São Luís, nos convida a refletir sobre as diversas formas de viver, conviver e criar na região, e a repensar as influências dessas culturas em nossas vidas. Nos unimos a este percurso olhando para a trajetória da Vale de mais de três décadas pela preservação da Amazônia e para as múltiplas manifestações artísticas e culturais que o Instituto Cultural Vale apoia na região; e avançamos, juntos, mirando o tempo que temos daqui para frente”, diz Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale.
Uma das principais características do projeto de itinerância é a adequação e customização da mostra de acordo com o destino. É possível, por exemplo, que ela ganhe diferentes formatos e tamanhos a cada cidade. Em cada parada, um artista local será convidado para oferecer sua perspectiva sobre o futuro da Amazônia. O artista visual, fotógrafo e cineasta Paulo Desana é o convidado em São Luís e promoveu uma oficina com indígenas do Maranhão. Juntos, produziram novas obras inspiradas nas mitologias indígenas do Maranhão, tendo como base a obra de Paulo Pamürɨmasa (Os Espíritos da Transformação).
Para a construção dos elementos visuais presentes em “Fruturos - Tempos Amazônicos”, foi realizada uma pesquisa coletiva dos grafismos/pinturas tradicionais do Maranhão e, em seguida, foram pintados em rostos indígenas. Para o registro fotográfico, utilizaram tinta neon, que reflete a luz negra e provoca efeitos luminescentes. O resultado são fotos intensas e coloridas fazendo com que as pessoas se tornassem telas de pinturas brilhantes. Para Desana, as imagens produzidas estão atreladas a um depósito de memórias culturais de cura, de respeito com a natureza e que podem ser usadas como instrumento para manter a cultura indígena viva, seja ela material ou imaterial.
A mostra é dividida em sete áreas que abordarão temas como fauna, flora, povos e cultura. Ao longo da exposição, o visitante poderá se sentir parte da floresta a partir da ambientação, que trará atividades interativas, elementos que revelam a diversidade da Amazônia e a atmosfera sonora da região.
A mostra convida o público a experimentar a sensação de um mergulho em um lago amazônico, ressalta a importância da diversidade de povos e aborda temas que tentam compreender e escutar quem vive na região e luta pela implementação de dinâmicas econômicas benéficas ao bioma tropical e a sua população. Por fim, através de óculos de realidade virtual, os visitantes poderão ver as atividades do cotidiano indígena para compreender a perspectiva que eles têm da natureza.
“Fruturos - Tempos Amazônicos” foi exibida no Museu do Amanhã em dezembro de 2021 como parte da programação dos seis anos da instituição e apresentou aos visitantes objetos confeccionados a partir do trabalho de artesãos indígenas de diferentes regiões do país.