Um passo para o empreendedorismo
Para quem sabe dançar o frevo, na ponta de pé e calcanhar, um conjunto de dobradiças, tesouras, ferrolhos e parafusos surgem para tornar os movimentos graciosos e criativos. Mas, se o intuito for transformar o ritmo em fonte de renda e de produção criativa, é preciso aprender um pouco mais que uma boa pernada. Por isso, o Paço do Frevo, em parceria com a Organização dos Estados Ibero-Americanos, criou o Paço Criativo, um programa de formação para jovens de 16 a 29 anos que inclui visitas mediadas, cursos profissionalizantes e oficinas de produção. O objetivo é fomentar a economia criativa e a sustentabilidade dos atores e fazedores da cadeia produtiva do frevo.
O projeto inclui cursos e materiais pedagógicos para os participantes, além de um programa de mediação e vivências nos espaços físicos do museu. As atividades serão finalizadas com a criação conjunta de exposição protagonizada pelos jovens que integrará a programação do Paço do Frevo.
Dentre os cursos oferecidos pelo Paço Criativo, os inscritos aprenderão sobre elaboração de projetos culturais, comunicação, marketing digital, cultura sustentável, criação e produção audiovisual, iluminação cênica, mobiliário e expografia, além de terem oportunidade de desenvolver experiências de roadie, danças brasileiras e empreendedorismo.
As aulas, que serão oferecidas para jovens de 16 a 29 anos, moradores de comunidades periféricas do Recife e da Região Metropolitana, serão realizadas pelo Paço do Frevo.
O diretor e chefe da representação da OEI no Brasil, Raphael Callou, também fez questão de celebrar a parceria. “A OEI ressalta que a cultura é também uma ferramenta de desenvolvimento, emprego e renda por meio dos diversos segmentos da economia criativa. Em toda a região, a OEI coopera para o desenvolvimento da cultura e da educação, procurando incluir e valorizar a produção brasileira e ibero-americana, dando destaque para a formação de jovens e fomentando o empreendedorismo."
"A OEI traz o fortalecimento do papel da educação no Paço do Frevo. Será fomentador e parceiro para o desenvolvimento de novos modelos e experiências, que contribuirão para melhores práticas educacionais impactantes para as comunidades e para a juventude, o estímulo ao desenvolvimento sustentável da cadeia da cultura e a natural ampliação de públicos do nosso querido Paço. Também amplia nossa conexão com outras expressões culturais no mundo ibero-americano, e, em especial, a cultura brasileira, com a presença da OEI em outros importantes projetos no país”, assegura Ricardo Piquet, diretor presidente do IDG.