Museu das Favelas promove Encontro da Rede Museologia Kilombola
O Museu das Favelas, em parceria com o Sistema Estadual de Museus (Sisem-SP), recebe na próxima terça-feira (7), o encontro da Rede de Museologia Kilombola (RMK) para a entrega da Medalha Pela Reparação da Memória Negra na Museologia Neyde Gomes de Oliveira. Mais que uma honraria in memoriam, o objetivo é fazer a reparação da memória daquela que foi reconhecida, em pesquisa pela Rede Museologia Kilombola, a primeira museóloga negra em exercício no Brasil.
O encontro, que será fechado para convidados, tem início às 14h, na sede do Museu, localizado no Palácio dos Campos Elíseos, no centro de São Paulo. Durante o evento, serão apresentados a pesquisa que documenta a historiografia da vida de Neyde Gomes de Oliveira e alguns estudos sobre processos epistêmicos contracoloniais nas linguagens museológicas. Ao final, será feita a entrega da medalha.
Para o Museu das Favelas, o encontro é um importante movimento no sentido de visibilizar a memória de pessoas que constantemente têm suas histórias e memórias invisibilizadas pela sociedade, além de colaborar com o surgimento de pesquisas e conteúdos que contribuam com a construção de novas narrativas.
Estarão presentes Janaína Conceição de Oliveira Odilho, filha de Neyde; Matheus Cruz, agraciado com a medalha; Carla Zulu, coordenadora de Relações Institucionais; Daniela Alfonsi, diretora do Museu das Favelas; Renata Cittadin, representando o Sisem-SP, e Carolina Rocha, Isabel Gomes, Lucas Ribeiro, Sylvia Pantoja, Lucas Oliveira, Inah Irenam, Andressa Batista, Nutyelli Cena e Vitú Souza, da Rede Museologia Kilombola.
A Medalha Pela Reparação da Memória Negra na Museologia Neyde Gomes de Oliveira foi concebida por Lucas Ribeiro, idealizador da Rede Museologia Kilombola e graduando em Museologia (UFRB), em coidealização de Isabel Gomes, graduanda em Museologia (UNIRIO) e membro da RMK. A medalha carrega os símbolos Adinkra, conjunto de ideogramas dos povos akan da África ocidental (notadamente os asante de Gana) e que significa “adeus à alma'', sendo um entre vários sistemas de escrita africanos. Cada adinkra marca uma das características de Neyde e cada um dos seus quatro filhos. Demais elementos da medalha compõem a historiografia de Neyde e representações da Rede