Paço do Frevo celebra Dia Nacional do Frevo
Com um encontro de gigantes. Foi assim que o Paço do Frevo celebrou o Dia Nacional do Frevo, na última quinta-feira (14). O Homem da Meia-Noite e o Cariri Olindense puxaram um desfile nas ruas ao redor do Museu, ao som das orquestras dos maestros Carlos e Oséas. A celebração marcou também o início das comemorações dos dez anos do Museu em 2024, e contou com a participação do Bloco da Saudade, e com a Orquestra do Maestro Bozó.
Durante todo o dia, o Centro de Referência em Salvaguarda do Frevo ofereceu uma programação especial com entrada gratuita para o público, que pôde participar do Doses de Frevo, uma edição especial das já conhecidas visitas mediadas, além de aulas de dança.
“No Dia Nacional do Frevo, celebramos o início das comemorações dos dez anos do Paço do Frevo. É bem verdade que só em fevereiro de 2024 o nosso Centro de Referência em Salvaguarda do patrimônio imaterial da humanidade completa sua primeira década de atividade, mas nossa celebração começou em grande estilo com esta reunião de gigantes: o Bloco da Saudade recebendo o Homem da Meia-Noite e o Cariri Olindense. Para nós, é uma alegria imensa e uma benção... Como se o Rei Momo nos abençoasse para buscar cada vez mais o nosso propósito - que é o de manter o frevo vivo na rua. Sempre! E todos os dias”, comemora Luciana Félix, diretora do Museu.
“Um patrimônio que é do mundo, sempre abrindo alas para encontros inesquecíveis, escrevendo a história - e também a reinventando. O Frevo é assim. Nosso e da humanidade, das nossas cidades-irmãs, das ruas e do povo. Não devem faltar celebrações para esta manifestação plural, em ritmos, passos e acordes, mas também única na resistência e no lugar que ocupa em cada coração recifense. O Frevo tem força e vitalidade para fazer a reestreia, a qualquer tempo, de todos os carnavais. Reunindo, juntando, mostrando que a nossa festa é, na verdade, mais do que uma confraternização, é uma alegre celebração à vida”, afirma o secretário de Cultura do Recife, Ricardo Mello.
O Frevo é uma manifestação com o privilégio de ter dupla celebração, com duas grandes datas de referência. Além do famoso 9 de fevereiro para os pernambucanos, há a data nacional do 14 de setembro, instituída em 2009. E qual a diferença entre esses dois dias? O 9 de fevereiro marca o primeiro registro da palavra “Frevo”, encontrada em 1907 pelo historiador Evandro Rabelo. Foi no Jornal Pequeno, do Recife, um dos grandes jornais da época, ao noticiar a programação carnavalesca de várias agremiações. Já o 14 de setembro, que também faz referência à imprensa, homenageia o nascimento do jornalista Osvaldo de Almeida, que contribuiu de forma significativa para a circulação do vocábulo “Frevo” na mídia.